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HISTÓRIA

Imóveis de madeira podem deixar de existir em Londrina

Vítor Ogawa - Grupo Folha
21 set 2022 às 16:22
- Vítor Ogawa - Grupo Folha
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Londrina possui cerca de 14 mil imóveis com estrutura de madeira, mas caminha a passos largos para a extinção dessas estruturas. O professor Antônio Carlos Zani, autor do livro "Arquitetura em Madeira", alerta que a possibilidade de todos eles desaparecerem paulatinamente na região de Londrina é grande.  


Desde o fim dos anos 1980 o professor vem publicando artigos sobre o tema e sempre defendeu a preservação desses imóveis. De acordo com ele, das unidades que ele mapeou com esse tipo de material em sua estrutura e que tinham alguma peculiaridade relevante, restam menos de 10%.  

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Um exemplo do perigo que ronda esse tipo de edificação são os furtos de madeiras de casas inteiras registrados na região nos últimos meses. A FOLHA mostrou recentemente o furto de uma casa localizada próximo ao Aeroporto de Londrina, na zona leste

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Somados aos episódios de demolição pelo desejo dos proprietários dessas edificações, é grande o risco dessa importância histórica (tanto das técnicas de construção quanto da preservação do passado de seus ocupantes) permanecer registrada apenas na memória de quem teve contato ou então por meio de fotografias e livros.    

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"Nem defendo mais" 


“A gente sempre defendeu a preservação, mas eu nem defendo mais. Já vi que ninguém preserva coisa alguma,  que tudo isso vai desaparecer. Vão ficar só as imagens no meu livro e as casinhas na UEL (Universidade Estadual de Londrina), que a gente está querendo preservar. Primeiro porque a madeira peroba-rosa se tornou uma moeda muito cara e tem um valor de troca muito grande. Imagino que esses roubos sejam para vender essa madeira para fazer móveis”, desabafou Antônio Carlos Zani.   

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O professor explicou que hoje há pouca coisa representativa dessa época em que as edificações em madeira deram suporte para o primeiro desenvolvimento do Norte do Paraná. “Foi um tempo em que a cidade toda era de madeira: as casas, as igrejas, os armazéns, o escritório, o hospital, o hotel. A madeira disponível deu o suporte para esta região, que tinha pressa de se desenvolver não só na zona urbana, como na zona rural, tanto nas pequenas como nas grandes propriedades”, declarou Zani. 


Segundo o professor, as casas mais fáceis de roubar são aquelas que possuem porão, e que são elevadas do solo. “Às vezes o pessoal só tira a telha, utiliza um macaco para elevar a construção e coloca em cima do caminhão. Assim conseguem levar ela inteira e de maneira mais rápida ainda." 


Leia a Matéria completa na Folha de Londrina!

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